Do not go gentle into that good night
Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.
Though wise men at their end know dark is right,
Because their words had forked no lightning they
Do not go gentle into that good night.
Good men, the last wave by, crying how bright
Their frail deeds might have danced in a green bay,
Rage, rage against the dying of the light.
Wild men who caught and sang the sun in flight,
And learn, too late, they grieved it on its way,
Do not go gentle into that good night.
Grave men, near death, who see with blinding sight
Blind eyes could blaze like meteors and be gay,
Rage, rage against the dying of the light.
And you, my father, there on the sad height,
Curse, bless, me now with your fierce tears, I pray.
Do not go gentle into that good night.
Rage, rage against the dying of the light.
*
Não vás tão gentilmente nessa boa noite escura
Tradução: Rodrigo Suzuki Cintra
Não vás tão gentilmente nessa boa noite escura,
Os velhos deveriam arder e bradar ao fim do dia;
Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura.
Os homens sábios, em seu fim, por saberem com brandura,
O porquê a fala de suas palavras estava vazia,
Nâo vão tão gentilmente nessa boa noite escura.
Os homens bons, ao adeus, gritando como a alvura
De seus feitos frágeis poderia ter dançado em uma verde baía,
Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura.
Os homens selvagens que roubaram e cantaram o sol na altura,
E aprenderam, tarde demais, que o lamento toma sua via,
Não vão tão gentilmente nessa boa noite escura.
Os homens graves, perto da morte, enxergam com olhar que perfura,
O olho quase cego a brilhar como meteoro, então, cintilaria,
Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura.
E você, meu pai, do alto e acima de tudo que perdura,
Maldiga, abençoe, com sua lágrima triste, eu pediria:
Não vá tão gentilmente nessa boa noite escura,
Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura.